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Paralelos entre as equipes de TI e de futebol

Hoje é impensável o funcionamento de qualquer hospital sem uma equipe de TI (Tecnologia da Informação). Seus integrantes são responsáveis, entre outras coisas, por manter o ambiente de funcionamento da instituição em ordem para garantir que os profissionais de saúde possam atuar despreocupados

“Hoje temos muitos recursos tecnológicos. O importante é que a parte referente aos processos esteja em ordem e, principalmente, as pessoas que formam a equipe de TI”, disse o gerente de tecnologia da informação do Instituto de Responsabilidade Sírio-Libanês, Marcio do Lago, durante sua rápida apresentação no Congresso Hospitalar Tecnologia.Para ilustrar os desafios dos times de TI, o especialista em tecnologia na saúde escolheu traçar um paralelo curioso: as principais seleções brasileiras que marcaram as Copas do Mundo. “Da mesma forma que no futebol, é preciso transformar a sua equipe num time unido pelos mesmos objetivos”, disse ele.”Como dizem no futebol, todo mundo é técnico. E na TI não é diferente. Todo funcionário da empresa acha que entende de TI, mas não é assim. E é preciso que o gestor tenha firmeza para mostrar sua importância com base em seu conhecimento. E, para evitar uma torcida contra, ele precisa saber trazer pessoas de outras áreas do hospital para o seu lado”, comparou.

Falando propriamente das seleções brasileiras, Marcio começou citando o time de 1958, afirmando que ninguém sequer colocava o time do Brasil entre os favoritos. Porém, havia um elemento surpresa, o jovem Pelé, na época com 17 anos, que desestabilizou os adversários. “Tem sempre alguém na sua equipe que pode surpreender. E é papel do gestor descobri-lo”.

Já na Copa de 1962, o mesmo Pelé ficou de fora. Por sorte, havia um substituto à altura: o craque Garrincha. “O paralelo aqui é que ninguém é insubstituível. E cabe ao gestor de TI contar com backups para quando um ótimo funcionário sair”, esclareceu.

Em 1970 houve a seleção “indiscutível”, que de tão boa podia mandar o técnico tirar férias. Para Marcio, esse é o exemplo mais claro: “Todos no time podem e devem tirar férias sem incômodos, sem ninguém ligando para perguntar nada. Tudo tem que funcionar sem o gestor ou qualquer outro”.

O time de 1994 foi lembrado pelo palestrante como o que ganhou jogando feio, mas que contou com o jogador Romário chamando a responsabilidade para si ao dizer que se algo desse errado, a culpa seria dele. “É importante ter craques, mas eles precisam assumir suas responsabilidades”.

A característica marcante da equipe de 2002 foi o descrédito das pessoas diante dos jogadores. “Muitas vezes ninguém acredita no time. Daí a importância dos próprios integrantes acreditarem em si, independente do ambiente hostil. E, nesses casos, cabe ao gestor blindar seus colaboradores”, aconselhou Marcio.

No fim, o palestrante ainda lembrou das seleções derrotadas em 1982 e 2014. A primeira, pelo excesso de confiança, que acabou comprometendo o resultado. “Quem tem muitos recursos precisa tomar cuidado para não relaxar”, disse. Já a segunda, imortalizada pelo 7×1, por não saber lidar com a instabilidade e se desesperar. “Muitas vezes é preciso calma para recomeçar rápido”.

A Hospitalar 2018 acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, de 22 a 25/05. Acompanhe a cobertura da TV Doutor clicando AQUI