Ao entrar em contato com essas informações, as pessoas têm sentimentos ambíguos: por um lado surge a empolgação e logo vem o medo – algo que, de acordo com o palestrante, ocorre também no mercado da saúde. “Pensem que hoje, nos EUA, um em cada vinte pacientes que vão ao consultório e um em cada sete que passam por um pronto-socorro recebem um diagnóstico errado, que resulta em 300 mil mortes anuais… Imagine poder evitar isso?”, questionou.
As projeções apontam que, em dez anos, será possível saber quando uma pessoa estará doente antes dos sintomas aparecerem. “Vamos olhar para trás e dizer como conseguíamos viver sem saber quando ficaríamos doentes”, brincou Robert.
Quanto a questão central do painel, se os robôs vão tomar os empregos das pessoas, ele foi categórico: “É falta de imaginação pensar que as inovações não vão abrir novas oportunidades. Algum sangue será derramado. Aproximadamente 12% das profissões que conhecemos hoje acabarão. Porém, 75% vão aumentar e 13% serão inventadas. Para vencer as máquinas a dica é uma só: seja um humano melhor”.
Para o palestrante, existem muitas coisas que um robô não pode fazer, como dançar, ensinar uma criança ou liderar um time – mas em tudo isso eles podem ajudar. “Cabe ao humano o julgamento, saber dizer qual a coisa certa a fazer. E cabe à máquina avaliar, com base em algoritmos, qual a ação mais apropriada a tomar”, exemplificou.
“O que ocorreu com a agricultura, onde trabalhava 80% da população no passado e hoje conta com apenas 2% cuidando de alimentar muito mais gente – graças aos avanços tecnológicos -, em breve acontecerá com os escritórios. O que não podemos deixar é o medo interferir. Seja realista, seja otimista e, principalmente, seja um humano melhor”, encerrou.
A Healthcare Innovation Show 2018 (HIS) acontece nos dias 19 e 20 de setembro em São Paulo. Acompanhe a cobertura da TV Doutor.