Para Fabio Mattoso, líder de Watson Health, da IBM, a tecnologia não deve ser utilizada para substituir o médico, mas sim para melhorar a sua percepção diante de nuances, principalmente na área de medicina diagnóstica por meio de imagens.
“A máquina não deve decidir o diagnóstico, mas criar um alerta dizendo para que aquele ponto seja considerado”, sugeriu, reiterando a importância da inclusão de tecnologia na formação médica. “Um radiologista precisa entender como ocorre a captação de imagens. Sem isso o médico acaba usando o recurso como uma muleta”.
Outro problema levantado incluiu o excesso de soluções digitais desenvolvidas para o mercado médico sem questionamentos dos profissionais da área e ainda sem regulamentação por parte das agências competentes, como a Anvisa. “São ferramentas que trazem ao médico informação e velocidade, mas qual a qualidade disso?”, questionou Mattoso.
Nas palavras da médica Ana Cláudia Pinto, diretora de produtos digitais da Healthways Brasil, no final do processo o que deve prevalecer é a relação médico-paciente. “Vai haver mais informação para auxiliar o médico. Mas apesar de toda ciência e tecnologia, ainda falamos de relações humanas, de pessoas cujas decisões serão tomadas com base na confiança firmada por essas relações”, concluiu.
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