Com esse pensamento, alguns players têm desenvolvido programas de saúde corporativa – caso do Hospital Sírio Libanês, como atesta Gentil Jorge Alves Júnior, da instituição. “Montamos um modelo de atenção primária para colaboradores e dependentes do hospital. Cada um deles passou a ser atendido por um médico de referência, que é o antigo médico da família, um profissional com visão integral do paciente”, contextualizou.
A proposta surgiu a partir do entendimento de que o uso indiscriminado do plano de saúde gera um custo algo para o empregador, as operadoras, as redes e, no fim, não gera benefício ao paciente. “Infelizmente as pessoas não são engajadas nos cuidados com a saúde”, lamentou.
Último a falar no painel, Ricardo Guerra, da rede de academias Gympass, concordou com a realidade traçada e salientou a importância do olhar social quando falamos em saúde. “Saúde começa em casa e atualmente o sedentarismo é a quarta causa de mortes no mundo. O problema está, de fato, no engajamento. com nossa rede de lojas espalhadas pelo país, nós conseguimos resolver as questões de tempo, localização e valor – mas isso não é suficiente para mudar a realidade”.
O papel dos RHs, nas palavras dele, são fundamentais para a mudança dessa realidade. E as vantagens são claras. Enquanto as empresas economizam com a diminuição dos gastos do plano de saúde, os colaboradores deixam de marcar consultas por qualquer razão.
“Uma pessoa que se sente bem não vai ao hospital por qualquer coisa. Pois o esporte é um grande incentivador de melhores hábitos, como se alimentar melhor e para de fumar. Sabemos por experiências medidas que a parcela de funcionários que faz uso do Gympass usa 30% menos o convênio médico do que aqueles que não se exercitam”, comprovou.
A Healthcare Innovation Show 2018 (HIS) acontece nos dias 19 e 20 de setembro em São Paulo. Acompanhe a cobertura da TV Doutor.