“Diferente de outros hospitais, nossos médicos são assalariados – não recebendo bônus ou afins – e seus contratos duram apenas 12 meses. No fim desse período, eles passam por uma avaliação anual, onde colocamos para cada profissional o que pacientes, pares e chefes disseram sobre ele. Ao mesmo tempo, ouvimos suas opiniões e, com isso, decidimos se haverá uma renovação e quais são suas oportunidades”, explicou ela, salientando que tal modelo é aplicado inclusive ao CEO da instituição.
O desafio de promover médicos a cargos de liderança passa por diversos paradigmas, pois nem todo profissional de saúde entende de finanças, inteligência emocional e até mesmo como liderar um time. Além disso, os médicos têm agendas restritas e poucas horas livres para se dedicar a cursos.
“Decidimos desenvolver nossos programas dentro do hospital, no contexto da saúde”, afirmou Lopez, citando os muitos programas criados pela Cleveland Clinic, que vão desde workshops de uma hora até cursos de 18 meses, que contam com mentorias e coaching.
“Nosso sistema despertou interesse de médicos e hospitais de todo o mundo. Por isso, formatamos programas para trazê-los ao nosso ambiente, onde eles poderão ver de perto como funcionamos e replicar nosso modelo em suas instituições”, afirmou a diretora de educação executiva.
Entre os programas oferecidos estão desde visitas e intensivos de três dias até cursos imersivos com duração de um a dois meses. “Acreditamos que um administrador nunca vai entender o setor de saúde como um médico, que precisa saber como comunicar a um paciente que ele vai morrer, por exemplo”, disse Lopez, reafirmando seu compromisso com a educação médica executiva.
A ExpoClínicas 2018 acontece no WTC São Paulo, em São Paulo, nos dias 14 e 15/09. Acompanhe a cobertura da TV Doutor.