Para tanto, o investidor-anjo precisa reconhecer no projeto três características importantes: paixão pela ideia, mercado disposto a consumi-la e pessoas com conhecimento para executá-la. Para tanto, é preciso que o projeto identifique um problema e ofereça uma solução para o mesmo – a fase de MVP.
O próximo momento da pré-startup ocorre quando o produto ou serviço é testado pelos early adopters, usuários que enxergam uma necessidade no que é oferecido, sabem disso e buscam uma solução para o seu problema – e que, nas palavras de David, não podem “parentes ou familiares, mas pessoas de fora que possam xingar e criticar a ideia nesse estágio inicial”.
“É comum que esse ciclo de pesquisa, MVP e early adopters ocorra algumas vezes e é aí que vemos se o criador da ideia está disposto a aprender e se o investidor-anjo tem fôlego emocional e financeiro para seguir em frente”, alerta o especialista.
Diferentemente de um investidor que chega na fase do break even, quando a startup deslancha, o investidor-anjo não quer o controle da empresa, mas apenas uma parte dela. “Enquanto o investidor quer mandar no negócio, o investidor-anjo é o cara que aconselha”, salienta.
Outro ponto curioso é que, para David, é mais importante uma equipe criativa, bem formada e competitiva do que uma ideia sensacional. Muitas vezes, ele disse, investiu um ideias fracas, mas com pessoas com talento e disposição para ir além.
No fim, o palestrante deixou claro que o investidor-anjo tem que ser “a pessoa que já fez acontecer e tem recursos e disponibilidade emocional para investir”, sempre agindo dentro de um risco calculado, focando em ganhos associados, que ocorrem mesmo quando o investimento vai para o buraco, e provendo smart money, que é o investimento com conhecimento.
“Ser investidor-anjo é poder participar da jornada empreendedora, não para ser o comandante, mas influenciar na escolha do destino final”, encerrou.
A ExpoClínicas 2018 acontece no WTC São Paulo, em São Paulo, nos dias 14 e 15/09. Acompanhe a cobertura da TV Doutor.