A defesa da multidisciplinaridade também foi feita pelo médico e pesquisador Rogério Rabello, que atualmente atua como investidor. “O importante é buscar por pessoas que o complementem. Eu busquei sócios multidisciplinares: um engenheiro de produção e um economista. E não pense que você vai entender mais do que um diretor financeiro apenas por ter feito um MBA de dois anos em finanças”, aconselhou.
Para Antonio Carlos Endrigo, médico cirurgião que acabou indo para a área administrativa e hoje aposta no sistema de startups, onde criou a ferramenta de prescrição de medicamentos Nexodata, acredita que empreender hoje é muito mais fácil do que antes. “As incubadoras de startups criam ecossistemas favoráveis ao networking e foco da empresa, que não precisa se preocupar com demandas básicas de escritório, por exemplo”, contextualizou.
Uma dica dada por ele para os médicos que buscam fazer essa transição é fazer uma auto-análise, buscando conhecer suas deficiências para buscar complementos a elas. “Você não precisa ser um especialista em tudo, mas é importante entender áreas como TI, por exemplo, para não ficar à deriva em sua própria empresa”, afirmou.
Mais jovem médico do painel, Vander Corteze, idealizador e CEO do Beep Saúde, aplicativo que leva médicos à casa dos clientes, disse que um erro comum aos novos médicos empreendedores é se fascinar pelos holofotes jogados atualmente no segmento.
“Vi pessoas que se machucam e perdem tempo e economias de uma vida por não saber o que esperar”, afirmou ele, que assim como os demais colegas de painel, defende formação e preparo a qualquer um disposto a se tornar empreendedor ou investidor no mercado de saúde.
A ExpoClínicas 2018 acontece no WTC São Paulo, em São Paulo, nos dias 14 e 15/09. Acompanhe a cobertura da TV Doutor.